Do dia

Até que enfim um dia em que me vou deitar calma e serenamente, coisa que já não acontecia há imenso tempo. Ultimamente só me apetecia chorar e se me deixava estar muito tempo deitada na cama acabava a pensar em coisas sem jeito nenhum que me levavam a conclusões sem jeito nenhum.

O dia quando amanheceu pareceu que iria ser igual a tantos outros: cinzento. Sabia o que iria fazer durante o dia (como sei sempre devido à tal monotonia que se instalou faz bastante tempo), e não queria. Não queria mesmo... Fui contrariada... Aulas, fui muito contrariada. Aula prática, fui contrariadíssima! Não queria, não queria e não queria! Mas tinha que ser... Fui... E fez-me bem. O momento em si, o estar ali a construir algo que iria ser avaliado posteriormente, a adrenalina do momento, o pensar se não falta nada, verificar se estamos a fazer todos os passos, o stress de nos faltar um material qualquer... Nada melhor! Nada melhor para tirar todo o tipo de pensamentos da cabeça, pensamentos de pessoas pequenas e acontecimentos circulares... Tenho a cabeça limpa...