Se há coisa que me irrita, além de muitas outras claro, é a falsidade... Como é que uma pessoa consegue viver bem consigo própria tendo duas caras, ou por vezes até mais... Cá para mim, aquilo deve trazer um desequilíbrio... Uma pessoa deve chegar a uma altura e já não saber com cara está ou qual era a mais adequada naquela situação... A falsidade que depois junta com um jogo de interesses dá uma personalidade fantástica.
Por exemplo, conheço 3 raparigas desde sempre... Elas nunca foram as melhoras amigas mas de há um tempo para cá elas mais parecem unha com carne, ou melhor depende dos dias e das alturas e coiso e tal. São 3 pessoas completamente diferentes:
- a n.º 1 é rica, mimada, com fraca personalidade, antipática, mesmo má tromba;
- a nº 2 é a típica top model: tem um corpo giro e tal e depois faz questão de o mostrar, onde vai gosta de dar nas vistas, é muito sonhadora, bem mais simpática que a anteiror e bastante sociável;
- e a n.º 3 é um caso estranho, tem uma família humilde, honesta, filha única que os pais sempre fizerem tudo o que podiam e que não podiam por ela, é a mais romântica das 3 que acha que tudo pode ser muito cor-de-rosa e muito fantástico e maravilhoso. E tem um problema com medicamentos, toma regularmente comprimidos anti-depressivos e afins. A sua simpatia encontram-se no meio das outras duas anteriores e a capacidade de sociabilizar depende do nível de álcool no sangue.É vê-las às 3 sempre juntinhas em festas, todas maravilhosas, rodeadas de pessoas que elas usam (rapazes por sinal). A n.º 3 devido aos medicamentos que toma e não ter consciência do que faz embebeda-se constantemente. Ora quando chega esse fatídico momento as outras duas abandonam-na à sua sorte. Depois a rapariga, como já está mais desinibida, mete-se com toda a gente, conta a suas desgraças a toda a gente, fala mal das outras duas e enfim. Penso que das 3 é a menos falsa, ok fala mal das suas amiguinhas mas é quando já está tocada pelo álcool e quando elas a abandonam. Agora as outras duas falam mal indiscriminadamente umas das outras mesmo estando sóbrias... Ah e o mais interessante é que a bêbeda desgraçada sabe que as outras a abandonam mas nunca se zanga com elas... Vá se lá entender estas coisas...
Trata-se de uma amizade peculiar com as suas próprias regras. Não faço ideia de como é que elas se entendem mas admito que gostaria de perceber o esquema, sim porque elas sabem muito bem que todas falam mal de todas... É algo que me transcende...
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